A História é a apresentação, sob forma de narrativa ou de exposição 
sistemática, dos acontecimentos de qualquer natureza, ocorridos no passado. 
Compreende não apenas o estudo dos acontecimentos políticos e militares que 
constituem a vida, por assim dizer, externa das nações e dos estados, mas 
também o conhecimento das idéias morais ou religiosas, dos usos, das formas 
de civilização artística, literária ou científica, próprias de cada povo e 
que, na verdade, explicam sua evolução e sua influência. 
Boa parte das expressões artísticas do homem pré-histórico encontravam-se 
nas cavernas. As tintas eram preparadas com certas substâncias, por exemplo, 
o ocre, misturadas à gordura de animais, sangue e água. Pontas de ossos, 
pedras e madeiras, ramos amassados ou arranjos de penas e pêlos serviam de 
pincéis. A qualidade porosa das pedras das grutas favorecia a retenção de 
materiais nelas aplicados, conservando intactas durante longo tempo, as 
manifestações artísticas primitivas. 
Não há dúvida de que, desde o início, a arte ligou-se intimamente à magia. O 
objeto principal dessa arte eram os animais. Os caçadores pré-históricos 
acreditavam, certamente, que ao retratar os exemplares da caça pretendida, 
nas pinturas das cavernas, podiam dominá-los com maior facilidade e 
segurança. 
As fase mais avançadas do Paleolítico revelam expressões notáveis de 
pintura, pequenas esculturas e gravações em pedra. O homem torna-se um 
exímio observador dos animais caçados e de outras forças da natureza, às 
quais empresta sentido mágico e ritualista. 
• Música Primitiva
O medo dos fenômenos naturais, a necessidade de defesa, a ânsia de 
comunicação, provavelmente levaram os primeiros homens a movimentar-se e 
emitir sons em forma ritmada. Quem sabe, os primeiros rudimentos da dança e 
música expressavam revolta ou sujeição, alegria da vida ou terror da morte, 
vitórias ou derrotas. Mas o homem também aprendeu a produzir outros sons: 
bateu com os pés no chão, com os punhos no peito, com madeira ou osso em 
outro objeto. "Inventava" a expressão – o tambor – e daí a criar outras 
famílias de instrumentos musicais – o sopro e corda – foi questão de tempo e 
evolução técnica. 
E uma característica acompanhou a música, por longo tempo: não era praticada 
em separado, mas sempre aliada a alguma cerimônia religiosa ou mágica. Os 
instrumentos, os gritos, os gestos, os cantos, serviam para a comunicação 
tribal, para a guerra, para avisar sobre os perigos ou espantar os animais, 
para evocar o auxílio das divindades ou afastar os espíritos nefastos. A 
elaboração e os instrumentos evoluíam. 
Mas ainda não se descobrira um meio de registrar o som. Só a memória humana 
o guardava, pois não havia escrita, o que só foi inventado em épocas de 
cultura mais avançada.
 
 
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